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Linha do tempo

1ª sede da APL - 1901

Contando com apenas 20 Acadêmicos, a APL, quando de sua fundação, em 1901, ficou sediada no prédio ocupado pelo IAHGP, localizado na Praça da Concórdia, e que, como vimos, havia sido construído para servir a uma Escola Modelo, de instrução elementar para ambos os sexos.

Sofreu, juntamente com a instituição irmã, o drama da demolição arbitrária daquele prédio, ficando, como o IAHGP, provisoriamente sem sede. Viveu, também, naquela época, momentos extremamente difíceis. Não só a demolição do prédio, mas a crise política que culminou com a luta de 1911, entre Rosa e Silva e Dantas Barreto – que criou uma cisão dentro da própria Academia –, e as mortes de Carneiro Vilela, de Regueira Costa, do então presidente, Phaelante da Câmara, e de outros influentes acadêmicos, foram fatores que levaram a um quase desaparecimento da APL.

No início da década de 20, a demonstrar o desprestígio da entidade, de suas vinte Cadeiras apenas doze estavam preenchidas.

2ª sede da APL - 1920

No seu discurso de posse, em 1964, para o que seria o primeiro dos seus três mandatos como presidente da APL, o acadêmico Luiz Delgado já chamava a atenção para o áspero chão de nossa realidade material, dizendo:

“Somos uns pobretões. Não temos dinheiro para nada, nem para editar livros ou revistas, nem para dar um melhor arranjo a este nu apartamento em que funcionamos, acolhidos, tradicional e fidalgamente, pelo Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano.

“E, prometia trabalhar no sentido de realizar um dos seus sonhos… o de instalar, de tal forma, arquivos e biblioteca, que possam ser efetivamente úteis a quem quer que deseje estudar o passado literário de Pernambuco.”

Embora reconhecendo o tratamento que sempre lhes havia sido dispensado pelos membros do IAHGP, começava a tomar corpo, entre os componentes da APL, a ideia de poderem, um dia, ter sua própria sede.

As demarches tomaram vulto no ano de 1966, quando era governador de Pernambuco o homem simples e afável que foi Paulo Pessoa Guerra e quando era presidente da APL, em seu 2º mandato, Luiz Delgado. Vejamos o que, sobre o assunto da sede própria, nos dizia Luiz Delgado, na sessão de 8 de fevereiro de 1966, ao ler o seu relatório anual:

“… perseguia-nos, desde muito, o sonho de uma casa própria, e, em tal sentido, vários foram os pleitos que tivemos. O ano passado, movido por um editorial do Diario de Pernambuco, na secção de Mauro Mota, o Sr. Deputado Antônio Corrêa de Oliveira, num gesto que muito nos penhorou, apresentou um projeto de lei, autorizando o Estado a despender uma quantia de cinquenta milhões de cruzeiros para ser doada uma sede à nossa instituição. No empenho de efetivar essa autorização, começou a Academia a ter entendimentos com diversas autoridades e com elementos outros que nos pudessem ajudar, na previsão dos desdobramentos que havia de ter para nós a simples posse eventual da citada importância.”

Acrescentando, depois de uma breve referência aos muitos passos que havia dado no sentido de concretizar o sonho da sede própria:

“… até que o Sr. Governador Paulo Guerra, com a colaboração do Secretário de Estado João Roma, tomou a si diretamente a solução do problema e, dando-lhe um rumo inteiramente novo, escolheu, ele próprio, com seu gosto pessoal, um belo e nobre edifício neo-clássico, na Ponte d’Uchôa, e determinou, por decreto, sua desapropriação para ser sede da Academia.”

3ª sede da APL - 1973

Desapropriada, em 1966, pelo governador Paulo Guerra, com a finalidade de servir de sede à APL, a casa que pertencera ao barão Rodrigues Mendes, foi, em 1973, doada, em caráter definitivo, pelo governador Eraldo Gueiros, à Academia Pernambucana de Letras.

Doação definitiva pelo governador Eraldo Gueiros Leite
Anos depois, atendendo a uma solicitação de Mauro Mota, então presidente da APL, novamente o dinâmico deputado, e hoje acadêmico, Antônio Corrêa apresentou um projeto de lei que, assinado a 19 de julho de 1973, pelo governador Eraldo Gueiros (Lei nº 6532), fazia a doação do prédio que passaria a ser, então, a sede permanente e definitiva da APL.

Em 12 de dezembro de 1973, foi lavrada, no livro 423, fls. 102, a escritura pública de doação, registrada no Cartório de Registro de Imóveis, às fls. 261, livro 3-AH.

Tombada, posteriormente, pelo IPHAN, como monumento nacional, a nova sede da APL é, sem dúvida, a mais bela das academias de letras deste País.

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